Esta quinta, 03 de março, foi mais um dia de grande mobilização em todos os campi da Universidade Federal Rural do Semi-Árido contra o mosquito Aedes aegypti, principal vetor da dengue, febre chikungunya e o vírus Zika. A comissão instituída para combater o mosquito na Ufersa planejou a ação de dentro para fora da universidade. Segundo o presidente da comissão e também Pró-reitor de Extensão e Cultura, o professor Felipe Ribeiro, é importante, inicialmente, a Ufersa fazer a sua parte eliminando todo e qualquer foco do mosquito para depois mobilizar a comunidade externa a fazer o mesmo. E assim aconteceu. Nesta quinta, foram convidados professores, técnicos e estudantes para um grande mutirão de recolhimento de material nos campi de Angicos, Caraúbas, Pau dos Ferros e Mossoró.
A ação, planejada nas últimas semanas, ganhou a adesão da comunidade acadêmica. Em Mossoró, os voluntários do mutirão se concentraram no ginásio de esportes onde receberam kits com pranchetas, sacos de lixo, luvas, protetor solar e repelente. Todos os setores do campus sede foram contemplados. Ao todo, 10 grupos se organizaram para realizar as atividades.
O Reitor, o professor José de Arimatea de Matos, participou da concentração do mutirão e falou sobre a importância deste dia para a Ufersa. “Esta é uma ação de cidadania promovida pela universidade. Ontem tive conhecimento por meio de reportagens que o vírus da Zika já está presente nos pernilongos também e não só no mosquito Aedes. Com isso, precisamos nos mobilizar mais contra este mal. Hoje estamos realizando uma ação conjunta em toda a universidade, tanto em Mossoró, como em Angicos, Caraúbas e Pau dos Ferros. E não vamos parar por aqui”, destacou o reitor.
Com kits distribuídos, os grupos partiram para os setores da Ufersa. No Campus Leste, houve vistoria e recolhimento de materiais em praticamente todos os prédios e áreas vizinhas. No Campus Oeste, a mesma realidade. Em pouco mais de 2 horas de mutirão, os participantes conseguiram recolher copos descartáveis, garrafas de vidro, pneus velhos e outros recipientes que estavam ou que poderiam acumular água.
A comunidade ainda fez um levantamento das áreas mais vulneráveis que podem acumular água como caixas d’água, calhas, galerias de água pluvial, bebedouros, etc. Os agentes do mutirão também constataram a falta de respeito e de consciência ambiental de alguns moradores ao redor do campus oeste. Durante o trabalho, um grupo de alunos e professores flagrou um morador arremessando uma sacola de lixo dentro da área da universidade, próximo à vila acadêmica feminina. A cena deixou todos perplexos e abriu a discussão que as ações de conscientização precisam ser feitas também em toda a vizinhança da Ufersa.
Após o mutirão, todos os grupos voltaram para o ginásio onde aconteceu um balanço das atividades. Um caminhão com sacolas de lixo e entulhos foi retirado neste dia de mobilização só na Ufersa em Mossoró. “Vamos analisar todo o material recolhido no mutirão. A princípio tivemos muitos relatos do que o pessoal está encontrando com mais frequência, um exemplo bem evidente é a questão dos copos plásticos. Vamos fazer uma triagem com outros possíveis materiais e fazer a destinação correta dentro da própria universidade. O mutirão é uma ação de conscientização e só ele não é o suficiente para fazermos o combate efetivo. Precisamos da ajuda e colaboração de todos, então vamos repetir essas ações ao longo do ano”, finalizou o professor Felipe Ribeiro.
A tarde, houve uma palestra no auditório da Pró-reitoria de Extensão sobre a biologia do mosquito proferida pelo professor do Departamento de Ciências Animais, Sidnei Sakamoto. A comissão da Ufersa de combate ao mosquito Aedes aegypti também está orientando a comunidade a relatar as notificações da doença e os focos no portal “Observatório do Aedes”.
Nos campi, o mutirão também foi expressivo com a participação de professores, técnicos e estudantes. Em Angicos, cerca de 50 pessoas participaram das ações, com destaque para a presença de um representante da secretaria municipal de saúde. Em Caraúbas e Pau dos Ferros, também houve uma boa adesão ao mutirão.
ZIKA ZERO – Nos últimos meses, o Rio Grande do Norte e o Brasil vêm se mobilizando contra um inimigo minúsculo que transmite várias doenças, entre elas a já conhecida dengue, febre chikungunya e o perigoso Zika Vírus, que está sendo relacionado como o maior causador dos registros de microcefalia em milhares de recém-nascidos do país. Ainda não há uma comprovação científica relacionando verdadeiramente o vírus com a má formação craniana dos bebês, embora haja fortes evidências disso.
Paralelo às pesquisas quem vêm acontecendo para conhecer melhor o vírus da Zika e as possíveis vacinas, o Governo Federal, por meio dos Ministérios da Saúde e da Educação lançaram a campanha #ZikaZero em todo o país. Orgãos federais, entidades da administração, universidades, etc, todos foram convocados a entrar na campanha. A Ufersa atendeu a esse chamado e desde o princípio vem promovendo ações entre os setores.