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Comunicação

# Sou Negro, Sim! Exposição fotográfica mostra a presença da população negra na Ufersa

Extensão 18 de novembro de 2014. Visualizações: 3245. Última modificação: 18/11/2014 08:07:46
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Cleyton Souza, estudante de Engenharia Florestal, sendo fotografado para exposição # Sou Negro, Sim!

A Universidade Federal Rural do Semi-Árido celebra a passagem do Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, com a exposição “# Sou Negro, Sim!” que mostra a presença da população negra no ambiente universitário. Ao todo, são 25 protagonistas entre professores, servidores técnicos administrativos e estudantes dos cursos de graduação da Ufersa. A exposição é fruto de um projeto de extensão desenvolvido pelo Setor de Comunicação e da Coordenação de Ação Afirmativas, Diversidade e Inclusão Social – Caadis. A exposição ficará montada de 20 de novembro a 20 de dezembro, no Centro de Convivência do Câmpus Leste da Ufersa Mossoró.

O Dia da Consciência Negra foi criado com o objetivo promover a reflexão sobre a história do negro na sociedade brasileira, numa homenagem a Zumbi dos Palmares, marti pela liberdade do povo negro. “A ideia é proporcionar a comunidade ufersiana negra se autoafirmarem no ambiente universitário, na construção da identidade negra, como forma de valorização dessa população, no contexto de combate ao preconceito, racismo e descriminação”, afirma a professora Ady Canário, Coordenadora da Caadis. No banco de dados do Sigaa/Ufersa consta que dos 7.328 estudantes matrículados nos cursos de graduação da Ufersa, 6.371 declararam alguma opção de etnia, com 496 se autoafirmando como negros, o que corresponde a 7,7% dos estudantes.

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Professor Luiz Gomes, da Licenciatura Eduacação do Campo, participa da exposição # Sou Negro, Sim!

O verso das fotos traz depoimentos dos personagens fotografados retratando a condição de ser negro, com abordagens sobre a importância de se fazer presente na universidade, combate e superação do preconceito e de autoafirmação como pessoas negras. “São breves relatos da vida desses protagonistas negros, socializando sobre suas histórias de vida na educação, mobilidade social, combate às formas de racismo e superação do preconceito”, afirma o jornalista da Ufersa e aluno da especialização UNIAFRO, Passos Júnior. As fotografias, em preto e branco, são de Eduardo Mendonça, com produção de Amanda Feitas e Luana Laise.

A exposição foi pensada a partir das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afrobrasileira e Africana, sendo parte integrante do II Seminário de Ação Afirmativa, Diversidade e Inclusão Social e do II Fórum de Acessibilidade, promovidos pela Ufersa/Caadis, que começa nessa quarta-feira, 19, às 19h, no Hotel Vila Oeste, prosseguindo na quinta e na sexta-feira, 2º e 21, nas dependências do câmpus da Ufersa Mossoró.

“Ser negro é não baixar a cabeça para os problemas, mas erguê-la pelo que se acredita”. Dennys Santos – Engenharia Civil
“Ninguém acorrenta mais meus sonhos como fizeram com meus antepassados’. Hilbaty Estephany - Agronomia
“A discriminação está alicerçada na cultura senhor/escravo … Precisamos compreender como nascem nossos preconceitos para podermos desconstruí-los”. Carmelindo Rodrigues – Professor
“O preconceito racial no Brasil é silencioso e mostra a sua face perversa na pobreza, exclusão e extermínio que marcam a vida dos negros”. Najara de Lima – Direito
“Não me orgulho da minha cor, apesar de amá-la, pois, considero ser negro algo tão natural quanto nascer e viver”. Naeldson Alves - Administrador
“O negro enxerga dentro de si exatamente aquilo que você enxerga dentro de você mesmo”. Dário Policarpo - Agronomia