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Comunicação

Futuros cientistas mostram potencial na Feira de Ciências do Semiárido Potiguar

Extensão 14 de dezembro de 2021. Visualizações: 2397. Última modificação: 15/12/2021 08:33:40

A reitora da Ufersa, professora Ludimilla Oliveira, abriu a programação da XI Feira de Ciências do Semiárido Potiguar/Foto: Cedida

A Universidade Federal Rural do Semi-Árido deu início nesta terça-feira, 14, a mais uma edição da Feira de Ciências do Semiárido Potiguar, que segue até o dia 18, próximo sábado. Nesta quarta-feira, 15, a partir das 13h, vai acontecer a apresentação dos trabalhos, no Expocenter. Neste ano, o evento acontece no formato híbrido, onde alguns projetos estão sendo apresentados de forma presencial e, outros de forma remota. A programação começou às 8h, com o credenciamento e montagem dos estandes de apresentação. Às 10h30, o evento teve sua abertura oficial que contou com a presença da reitora, professora Ludimilla Oliveira.

Projeto de Wyara e Raissa consiste numa placa de isolamento térmico e acústico tendo como matéria prima a folha de cajueiro/Foto: Assecom

Ao todo são 234 trabalhos científicos realizados por estudantes de escolas públicas de várias regiões do estado. Entre os temas escolhidos pelos estudantes o meio ambiente se destacou. Foi o caso do projeto de Wyara Geidiane e Raissa Jamile, alunas da Escola Estadual Sérvulo Pereira de Araujo. Elas estão desenvolvendo uma placa de isolamento térmico e acústico utilizando a folha e a resina do cajueiro, que vai servir para ser utilizada em ambientes que necessitem desse isolamento, como rádios, boates e estúdios de gravação. “O diferencial dela é que ela não é inflamável, não pega fogo, e também é biodegradável”, Wyara explica.

Este é o terceiro ano que as estudantes apresentam o projeto, que já foi premiado outras vezes, aumentando a expectativa na participação na XI Feira de Ciências do Semiárido Potiguar. “Participamos da feira da escola, onde ganhamos primeiro lugar. Passamos para a feira da DIREC, ganhamos o terceiro lugar e passamos pra cá”, conta Wyara. “Espero que ganhe alguma coisa aqui também. Já fomos premiadas ganhamos destaque em Engenharia e ganhamos uma bolsa do CNPQ também em 2020”.

Projeto de Sabrina reflete mais acessibilidade de forma sustentável/Foto: Assecom

Outro projeto que merece notoriedade é o da estudante Vitória Sabrina da Silva Leite, da Escola Estadual Monsenhor Raimundo Gurgel, localizada em Mossoró. Além de pensar sobre o meio ambiente e reciclagem, o projeto reflete sobre a acessibilidade nas ruas para pessoas com deficiência. Sob a orientação do seu professor, Antônio Serginaldo de Oliveira Bezerra, a estudante desenvolveu pisos táteis reutilizando vidro e polietileno de alta densidade. “Eu comecei a estudar sobre eles, descobrindo as características e a gente começou a testar”, diz Vitória.

Após vários experimentos, estudante e pesquisador conseguiram desenvolver uma alternativa para o piso tátil que não fere o meio ambiente, reciclando materiais descartáveis e dispensando o uso de tingimento. A expectativa de Vitória para a feira também é receber algum reconhecimento. “Eu quero receber minhas credenciais, mas só de estar aqui já é muito importante”, ela reflete.

Para avaliador, os projetos demonstram muita criatividade/Foto: Assecom

Os melhores projetos da Feira serão credenciados para feiras de âmbito nacional e internacional, e, de acordo com o técnico de laboratório, Euclides Moreira, que está como avaliador, os projetos estão promissores e demonstram muita criatividade. “Os projetos estão bons, alguns são inovadores, outros são adaptações de coisas que já existem, mas como são alunos de ensino fundamental e médio, estão bem promissores os projetos”, conta o técnico.

Para a organização, XI Feira de Ciências do Semiárido Potiguar está dentro das expectativas. A professora Cristiane Moura, uma das organizadoras, salienta sobre a importância da interação entre as escolas e a instituição. “É uma forma que os alunos têm de conhecer também a universidade, serem futuros estudantes da universidade pública, e a Ufersa poder fazer essa ponte entre a universidade e a escola”, expõe a professora.